O Fantástico Sr. Raposo: animais selvagens e individualidade

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Oi! Depois de tanto tempo de postar a resenha de Mad Max (você pode clicar aqui para conferir o post), vim falar sobre outro filme que assisti e gostei demais! Nesse ano de 2016 estou com uma vibe de assistir a vários filmes, e O Fantástico Sr. Raposo foi, provavelmente, o meu favorito até agora. Para começar, é baseado em um livro do mesmo autor de A Fantástica Fábrica de Chocolate, que é um dos meus filmes favoritos. Isso já me fez ficar bem mais animada. Além de ser um filme do Wes Anderson, que dispensa comentários. E os dubladores são maravilhosos! O Sr. Raposo é dublado pelo George Clooney, e a sua esposa pela Meryl Streep.

O filme conta a história do Sr. Raposo, que, após receber a notícia de que vai ter seu primeiro filho, promete a esposa parar com as “atividades de raposa”, que incluem principalmente roubo. Dois anos depois, cansado de viver com sua família em um buraco na terra, o Sr. Raposo compra uma casa em uma árvore. Tudo parece perfeito, até que três donos de empresas próximas despertam novamente os instintos de raposa nele, e muitas coisas ruins começam a acontecer.

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Há tantas coisas que eu gostei nesse filme que é até difícil começar a falar. Os filmes do Wes Anderson, pelo menos os que eu já assisti, tem características que te deixam com um quentinho no coração. A escolha de cores, quase todas sendo cores quentes, dão uma sensação de aconchego, a organização dos elementos em cena, e a história, tudo isso contribui para um filme super fofinho e divertido!

Uma das coisas que eu mais gostei foi que, no filme, todos os animais agem como pessoas. Eles tem empregos, problemas com a vida, mas as vezes ainda agem como os animais selvagens que são. O maior exemplo disso é quando o Sr. Raposo quer comprar a casa na árvore e seu advogado, o Texugo, acha que não é um bom negócio. Até então, eles estavam agindo como pessoas adultas, mas em dado momento começam a brigar fisicamente, como animais da floresta.

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O enredo secundário que eu achei mais interessante foi o do filho do Sr. Raposo, Ash, pois trata de um tema universal: ser diferente, deslocado. Ash sempre fica tentando ser motivo de orgulho para os pais, mas nunca consegue se igualar ao primo, Kristofferson, que é mais bonito, mais inteligente e mais atlético. Mas o filme nos ensina a aceitarmos as nossas singularidades e sermos felizes, pois ninguém é igual a ninguém, todos temos coisas boas e ruins.

O filme está disponível no Netflix, para quem tiver interesse em assistir. Aqui o trailer, para dar um gostinho:

É só isso por hoje. Até mais! /Jadeh

 

Reading Challenge 2016

Oi gente!

Esse post tá saindo meio atrasado, afinal já estamos quase em fevereiro, mas antes tarde do que nunca! Vim hoje falar sobre meu desafio de leituras desse ano de 2016. Todos os anos eu me imponho uma meta baseada em um número X de livros. Ano passado, por exemplo, foram 50 livros.

O que sempre me deixou chateada foi que eu nunca consegui completar o desafio, desanimava na metade e nunca consegui completar o número de livros que me propunha no começo de cada ano. Mas em 2016 resolvi fazer diferente! Ao invés de me comprometer com um número de livros, resolvi deixar mais divertido e fazer com categorias!

Procurei vários Reading Challenges assim na internet e acabei me decidindo por um do site PopSugar que, apesar de ser meio extenso, tem categorias muito legais e que vão dinamizar bastante minhas leituras. Vou deixar a lista aqui e quem tiver interesse em participar do desafio também, sinta-se à vontade!

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É só isso por hoje. Até mais! /Jadeh

Magnus Chase e a Espada do Verão

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  • Título: Magnus Chase e a Espada do Verão
  • Autor: Rick Riordan
  • Ano de lançamento: 2015
  • Número de páginas: 448
  • Editora: Intrínseca
  • Nota: Três estrelas
  • Sinopse: “Desde a misteriosa morte de sua mãe, ele tem vivido sozinho nas ruas de Boston, sobrevivendo por sua inteligência, mantendo-se um passo à frente da polícia e dos guardas preguiçosos. Um dia, ele é encontrado por um tio que ele nunca conheceu — um homem que sua mãe dizia ser perigoso. Seu tio lhe conta um segredo impossível:
    Magnus é filho de um Deus Nórdico. Os mitos vikings são reais.
    Os Deuses de Asgard estão se preparando para a guerra. Trolls, gigantes, e monstros piores estão agitados para o dia do juízo final. Para evitar Ragnarok, Magnus deve procurar pelos Nove Mundos uma arma que foi perdida há milhares de anos. Quando um ataque de gigantes do fogo obriga-o a escolher entre a sua própria segurança e as vidas de centenas de inocentes, Magnus toma uma decisão fatal:
    Às vezes, a única maneira de começar uma nova vida é morrer…

Olá! Finalmente estou postando resenha depois de tanto tempo. Li Magnus Chase para participar do Clube do Livro Intrínseca, na Livraria Cultura, e preciso dizer que tive ótimas discussões nesse grupo, pois cada um trouxe pontos diferentes da história que nem todos haviam percebido e opiniões diversas.

O que dizer sobre o livro? Se você já leu Rick Riordan, sabe qual a “receita de bolo” que ele usa para escrever suas histórias. Um garoto que um belo dia sofreu um ataque de criaturas divinas e descobre que é filho de um deus de uma certa mitologia – no caso, nórdica. Não há como esperar mais que isso, pois o Rick há muito tempo mostrou que assim que ele vai prosseguir com seus livros, e sabem de uma coisa? Isso vende bastante, principalmente entre os fãs da geração Percy Jackson.

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O Magnus é um personagem bem comum, por vezes divertido, mas algumas coisas me incomodaram nele, como o fato de ele não agir de acordo com a idade que tem. Magnus já tem 16 anos no início do livro, mas ele age como alguém de 11 ou 12 anos, o que me irritou muito. Não era apenas no quesito de tomar atitudes sem pensar antes, mas até as piadas e o linguajar condizem com o de uma pessoa bem mais nova. Outro ponto negativo na narrativa é que, por muitas vezes, aconteciam coisas absurdas e que o autor não teve o cuidado de explicar como essas coisas ocorreram. Era do tipo “Estava desesperado lutando contra um monstro vinte vezes mais forte que eu. Mas, não sei como, consegui derrubá-lo com um golpe de espada.”

Minha personagem favorita, definitivamente, foi a Samirah. Ela é uma valquíria que se torna amiga do Magnus, e o ponto mais interessante da história dela, para mim, foi a religião. Sam é uma personagem árabe, que respeita muito seus costumes e ama sua família, mas não deixa de ser forte e presente durante toda a história. Quanto a mitologia, foi, de todas que o Rick já escreveu sobre, a que mais gostei. Não sabia absolutamente nada sobre ela, diferentemente da egípcia e da grega, e achei que ele a apresentou de forma clara e bastante didática.

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Minhas conclusões sobre Magnus Chase: um livro bacana para passar seu tempo quando você não tiver nada a fazer. Mas é apenas isso, eu o li e não me marcou de forma alguma, nem se destacou em nenhum ponto. Apesar disso, não é um livro ruim.

Bom, é só isso por hoje. Até mais! /Jadeh

 

Fotogra(free) #1

  
Olá pessoal! Comecei a participar desse projeo muito legal com outros blogueiros chamado Fotogra(free). Infelizmente atrasei com o post porque o meu computador deu um problema, mas aqui estão as fotos! São cinco a sete fotos quinzenais, alteenando entre uma quinzena com tema livre e outra com tema determinado. 

1) Alice no País das Maravilhas:

  Como alguns de vocês devem saber, fiz uma viagem a Paris alguns meses atrás e visitei a Eurodisney! De todos os brinquedos que fui, o labirito da Alice foi o melhor de todos. Fiquei realmente perdida lá dentro e sinto muita saudade, pois é o meu filme favorito da Disney.

2) Passeio público

 Essa foto é de um dos meus lugares favoritos de Fortaleza, o Passeio Público, o qual eu havia parado de frequentar havia muito tempo e recentemente retornei com o hábito e estou muito feliz ❤

3) Polaroids

 Comprar a minha Instax Mini foi a minha melhor decisão do ano passado, pois além de registrar os momentos mais legais da minha vida, elas servem como decoração para o meu quarto! 

4) Lá Fora Food Park

  

Ainda falando de fotos, um evento muito legal de food trucks tem acontecido aqui na cidade, o Lá Fora. Na última edição disponibilizaram uma cabine de fotos, que nem aquelas de filmes, fiquei com vontade de tirar mil ❤

5) Café des 2 Molin

  

Quem já assistiu Amélie Poulain deve reconhecer essa maravilha de luhar. Tive a oportunidade de visitar, mesmo que por pouco tempo, e nunca fiquei tão feliz.

É só isso por hoje. Até mais! /Jadeh


  

Mad Max: crítica social e corrida de carros

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Olá! Há quanto tempo não posto por aqui, não é? Pois bem, vim aqui hoje para falar de algo diferente. Vim falar sobre o filme que está fazendo muito sucesso nos cinemas atualmente.

Ontem (16/06) assisti ao filme Mad Max com a Alba do Blog Trampoline. Confesso que não estava muito animada, pois filmes de corridas de carros não me atraem nem um pouco. Apesar disso fui, e fico feliz que fiz isso, pois fui bastante surpreendida. Há corrida de carros? Sim, a história inteira se passa em meio a uma enorme corrida de automóveis, mas é bem mais que isso. A crítica social ao jogo de poder, o futuro da humanidade e a evidente representação de fortes figuras femininas foi exatamente o que fez com que eu amasse o filme.
Para localizar àqueles que não assistiram ainda, Mad Max se passa em um futuro distópico em que a água e o petróleo quase desapareceram e a guerra por estes bens é intensa. Max é capturado por uma comunidade sob o governo ditatorial de Immortan Joe. A trama do filme gira em torno de um fato inusitado: Furiosa, a filha de Immortan Joe, “rouba” as esposas dele e foge com elas, a fim de libertá-las. A partir disso, o líder e seus Garotos de Guerra iniciam uma corrida mortal atrás de Furiosa, e Max está no meio disso, ainda como prisioneiro.
Achei a direção desse filme bem diferente, pois as cenas são bastante extensas e demora um pouco a haver de fato uma introdução de tudo o que está acontecendo. O espectador logo de início já é jogado no meio dessa guerra frenética e custa bastante a conseguir se situar. Contudo, acho que foi uma jogada do diretor para chocar o espectador. Uma das cenas que mais me marcou no filme foi logo em seu início, quando Immortan Joe reúne sua comunidade e libera as comportas de água. As pessoas correm desesperadamente, pulando umas sobre as outras para conseguir um pouco do líquido. Rapidamente seu líder fecha as comportas e diz “Não se viciem na água”, pois ela se tornou um bem privatizado e escasso, e todos sabem que Joe utiliza a posse como forma de se manter no poder. Para mim foi uma cena extremamente chocante e necessária. A crítica social sobre como a humanidade está caminhando e pode acabar culminando em uma realidade como essa é tratada durante todo o filme.
Outro ponto muito interessante de ser comentado é o feminismo retratado na história, mesmo que por vezes controverso, de forma bem forte. Muitos consideram Furiosa, filha do líder ditatorial, a representação da força feminina em Mad Max, mas considero que seja bem mais que isso. As esposas de Immortan Joe também possuem muita garra. Apesar de terem se libertado de sua condição apenas com a ajuda de Furiosa, sem seu próprio esforço, força e recusa de permanecerem como escravas não teriam sobrevivido muito. “Nós não somos coisas”, elas repetem durante a narrativa, um mantra que as ajuda a continuar em sua árdua jornada.
Embora trate de temas tão relevantes quanto os citados acima, sinto que a maior parte dos espectadores não vai absorver isso. Como já disse, é um filme de ação, corrida de carros e tiros durante as suas duas horas de duração, e maioria dos que assistirem provavelmente irá focar apenas na parte de entretenimento da obra. Apesar disso, é um filme que me surpreendeu bastante e merece ser discutido.

Aqui o teailer para quem se interessou:


É só isso por hoje. Até mais! /Jadeh

Playlist da semana #6

Oi, gente. Faz tanto tempo que eu não apareço por aqui. A vida tá corrida e a criatividade anda pouca, espero que entendam ❤
Hoje decidi fazer mais uma playlist da semana (que não anda tão semanal assim, já que a última vez que fizemos uma foi em setembro) e dessa vez é bastante específica: Covers do Kurt Hugo Schneider gravados em um único take.
Já falamos do Kurt aqui no blog no Youtube Day #3 e se você já leu deve saber que eu sou um pouquinho obcecada por ele. Escolhi alguns dos meus vídeos preferidos dele pra vocês. Espero que gostem ❤

  • Bruno Mars Medley

  • Maps – Maroon 5

  • Fight Song – Rachel Platten

  • Possible

  • Maroon 5 Medley

  •  I’ll Think of You

  • Cups

Então, por hoje é só. Até mais! /Vick

Teste de Bechdel

Nós do Estante de Sorrisos selecionamos alguns filmes que passam no Teste de Bechdel para indicar para vocês. Mas, afinal, o que é o Teste de Bechdel?

Ele foi criado por Alison Bechdel em 1985 em uma tirinha onde uma das personagens dizia para a outra que só assistia um filme se ele se tivesse 3 itens (que hoje compõem o teste de Bechdel). São eles:

  1. Ter pelo menos duas personagens femininas com nome;
  2. Que conversem entre si;
  3. Sobre qualquer assunto além de homens.

Bastante simples, não é? Mas o que pode te surpreender é que muitos dos filmes que estamos acostumados a assistir não passam nesse teste. Por isso selecionamos algumas categorias e escolhemos um filme que passa no teste e um que foi reprovado. Vem ver!

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It, da Alexa Chung

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  • Título: It
  • Autora: Alexa Chung
  • Ano de lançamento: 2013
  • Editora: Penguin
  • Número de páginas: 192
  • Nota: 3 estrelas

Sinopse: “Em It, seu primeiro livro, o ícone fashion mundialmente conhecido, Alexa Chung, compartilha suas inspirações pessoais e seu eclético senso de estilo. Uma verdadeira compilação dos escritos, desenhos e fotos de Alexa, It combina histórias de suas inspirações de estilo desde bem cedo, como seu avô e as Spice Girls, discussões sobre figuras de obsessão como Jane Birkin e Annie Hall, e reflexões sobre corações partidos, como se vestir pela manhã, os desafios de se tirar uma boa selfie, e mais. Intercalado com páginas dos diários de Alexa e várias fotos de noites fora, seu livro aparece em tecido de verdade, com as páginas do final de mármore artesanal cobertas de poá, o topo listrado e luxuoso papel aveludado. Espirituoso, charmoso e com um uma atitude realista, It é um item necessário para qualquer um que ame moda, se preocupa com crescer, ou apenas ama tudo relacionado a Alexa Chung.

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Desde seu lançamento, estava interessada em ler esse livro. Não sabia muito sobre sua premissa, e nem sou muito “antenada” em moda, mas por algum motivo sempre simpatizei com a Alexa Chung. Não sei se por ter um estilo bem despojado e simples, ou se por ter namorado com o Alex Turner, o fato é que queria saber mais sobre a vida dessa britânica que por algum motivo se tornou ícone mundial. Confesso que a vida dela sempre foi um mistério para mim: eu não sabia (e ainda não sei) o que Alexa faz. Ela é ex modelo, ex apresentadora, ex tudo, mas não é nada atualmente. Queria desvendar a fundo essa personalidade do mundo da moda, e justamente por isso me decepcionei, pois It revela apenas fatos completamente superficiais sobre a Alexa.

O livro vai abordar diversos assuntos, como ícones de moda, música, aspirações, corações partidos, mas sem nenhum aprofundamento. Alexa faz um enorme esforço para parecer “cool”, mostrando que gosta de filmes e artistas desconhecidos, mas sinceramente isso não me revela nada sobre sua personalidade. Se sua vida parecida um mistério quando comecei a leitura, pareceu ainda mais quando terminei, sem saber se a imagem que ela passou em seu livro era real ou apenas uma representação do que quer que as pessoas pensem dela.  Para mim estava sendo uma obra irrelevante, até o momento em que Alexa começou a tocar em assuntos mais sérios, sobre a importância de ter aspirações em sua vida, mas tangenciou o tema para noites de karaoke e me decepcionou profundamente.

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Assisti a um entrevista em que Alexa diz que escreveu It em apenas uma noite (antes das edições), em forma de email, o que para mim foi uma das justificativas para a superficialidade toda. Em suma, é um livro que não vai acrescentar nada em sua vida, e se você quiser saber mais sobre a vida dela, recomendo que procure em páginas da Wikipedia e veja seu histórico de carreira. O aspecto positivo sobre It é sua arte gráfica, que é muito bem feita, dando aquele aspecto bem “Tumblr”, com fotos vintage.

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É só isso por hoje, até mais! /Jadeh

Eleanor & Park, de Rainbow Rowell

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  • Título: Eleanor & Park
  • Autora: Rainbow Rowell
  • Número de páginas: 325
  • Editora: Novo Século
  • Ano de lançamento: 2013
  • Nota: 3 estrelas

Sinopse: Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.

Eleanor & Park é sem dúvida alguma o livro que mais me deixou com sentimentos conflitantes até hoje. Eu não posso afirmar com convicção que gostei da obra ou que odiei, mas garanto que foi um dos maiores marcos da minha jornada literária.

Rainbow Rowell nos apresenta dois personagens principais e a história se desenrola a partir do ponto de vista de ambos. Alternando o narrador a cada capítulo, descobrimos os pensamentos de cada um e exploramos o desenvolvimento deste primeiro amor que começa de maneira sutil.

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Enquanto Eleanor se mostra bastante tímida e retraída, Park é educado, atencioso e inteligente. Juntos eles tentam achar uma maneira de fazer o relacionamento dar certo apesar de suas realidades serem muito distintas e da falta de apoio por parte da família da jovem.

A história flui de maneira simples e não se torna uma leitura cansativa. No entanto, se você é fã de finais felizes, possivelmente Eleanor & Park não seja o livro para você. Os últimos capítulos têm muita informação e deixam a desejar com um final um tanto inconclusivo e a quebra da expectativa que tínhamos para o casal. Eleanor se torna bastante incoerente, o que me incomodou um pouco.

Hoje, meses após o final da leitura, ainda não sei dizer se gostei ou não do romance de Rowell e toda vez que tento reler acabo me sentindo inquieta e agoniada durante dias. Até eu decidir como realmente me sinto em relação a este livro, ele fica classificado como uma das minhas (muitas) desilusões literárias.

Por hoje é só, até mais! / Vick